O governo federal apresentou ao Congresso Nacional a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, que inclui a projeção de um novo salário mínimo no valor de R$ 1.630. Esse montante representa um aumento de R$ 112 em relação ao valor atual de R$ 1.518, em vigor desde janeiro de 2025. A proposta visa preservar o poder de compra dos trabalhadores e promover ganhos reais acima da inflação.
O cálculo do reajuste considera dois fatores principais: a inflação acumulada até novembro de 2025, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, ou seja, de 2024. No entanto, conforme a Lei nº 15.077, sancionada em dezembro de 2024, o aumento real do salário mínimo é limitado a 2,5% acima da inflação.
A proposta integra as diretrizes da LDO apresentada ao Congresso, que também prevê uma meta de superávit primário de R$ 34,2 bilhões para 2026, dentro do novo arcabouço fiscal. Há margem de variação entre zero e R$ 68,5 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB estimado para o ano.
O novo valor do salário mínimo, caso aprovado, entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. Esse reajuste impactará diretamente os salários de trabalhadores com carteira assinada, aposentadorias, pensões e benefícios sociais que têm o salário mínimo como referência.
O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, destacou que o valor proposto segue a nova política de valorização do salário mínimo, buscando garantir uma correção justa e sustentável, sem ultrapassar os limites do novo arcabouço fiscal.
A proposta ainda será analisada pelo Congresso Nacional, e o valor definitivo poderá ser ajustado conforme as variações econômicas até o final do ano. O governo reforça o compromisso com a valorização do salário mínimo, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e estimular o crescimento econômico do país.