O Governo Federal anunciou uma reformulação no Cadastro Único (CadÚnico), sistema essencial para a inscrição de famílias de baixa renda em programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Tarifa Social de Energia. Com a nova plataforma, o objetivo é modernizar e agilizar o preenchimento de dados, reduzindo o tempo de processamento das informações e garantindo maior eficiência no atendimento aos cidadãos.
O lançamento aconteceu em Brasília e contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e da ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck. Segundo o governo, o novo sistema permitirá cruzamento automático de informações, minimizando erros e acelerando processos que antes levavam meses para serem concluídos.
O que muda com o novo CadÚnico?
O Cadastro Único é a base de dados utilizada pelo governo para identificar famílias em situação de vulnerabilidade e incluí-las em políticas públicas. Com a nova plataforma digital, algumas mudanças importantes serão implementadas:
- Preenchimento automatizado de informações: Ao fornecer apenas o CPF do beneficiário, dados como nascimento, óbito e benefícios previdenciários serão preenchidos automaticamente, reduzindo o risco de erros manuais.
- Maior integração com bancos de dados federais: O sistema estará conectado a diferentes órgãos governamentais, permitindo atualizações em tempo real.
- Agilidade na análise de cadastros: Processos que antes levavam até três meses poderão ser concluídos em poucos dias.
- Maior controle contra fraudes: O governo implementará um sistema de gestão de riscos e monitoramento para evitar irregularidades no recebimento dos benefícios.
A base de dados do novo CadÚnico será armazenada pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), o que deve aumentar a segurança das informações dos beneficiários.
Por que a mudança é necessária?
O ministro Wellington Dias destacou que o modelo anterior do Cadastro Único, criado há mais de 20 anos, precisava ser atualizado para acompanhar a realidade digital e garantir mais eficiência na inclusão de famílias nos programas sociais.
“A plataforma antiga foi essencial para a implementação de políticas públicas, mas o Brasil mudou e as necessidades da população também. O novo CadÚnico trará mais responsabilidade e rapidez no cadastramento das famílias que precisam do auxílio do governo”, afirmou Dias.
Além da modernização do sistema, a mudança busca resolver problemas comuns, como longas filas para atualização cadastral, atrasos na concessão de benefícios e dificuldades de comunicação entre órgãos federais e estaduais.
Quais benefícios dependem do Cadastro Único?
O CadÚnico é a porta de entrada para diversos programas sociais. Atualmente, 48 iniciativas do governo utilizam a base de dados para selecionar beneficiários. Entre os principais programas que dependem do cadastro, estão:
- Bolsa Família – Auxílio financeiro para famílias em situação de vulnerabilidade social.
- Minha Casa, Minha Vida – Programa habitacional que facilita o acesso à moradia popular.
- Tarifa Social de Energia Elétrica – Desconto na conta de luz para famílias de baixa renda.
- Benefício de Prestação Continuada (BPC) – Auxílio para idosos e pessoas com deficiência em situação de extrema pobreza.
- Isenção de taxa em concursos públicos – Benefício para candidatos inscritos no Cadastro Único.
Com a nova plataforma, a expectativa do governo é facilitar o acesso a esses benefícios, garantindo que famílias elegíveis não fiquem de fora por falhas burocráticas.
Como será feita a atualização dos cadastros?
Com a modernização do sistema, o governo pretende tornar o processo de atualização mais simples. Atualmente, muitas famílias enfrentam dificuldades para atualizar seus dados, o que pode resultar no bloqueio ou cancelamento dos benefícios.
Agora, com a nova tecnologia, os operadores municipais poderão acessar as informações mais rapidamente, reduzindo a necessidade de que os beneficiários tenham que apresentar documentos presencialmente. Além disso, haverá um portal integrado para capacitação dos atendentes e geração de relatórios analíticos.
A secretária de Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, reforça que o novo modelo facilitará a vida das pessoas em situação de vulnerabilidade:
“Os cidadãos não precisarão mais gastar tempo e dinheiro indo até um posto de atendimento para fornecer informações que o governo já possui. Isso torna o processo mais justo e eficiente.”