Nesta quarta-feira (28), a Caixa Econômica Federal realizará o pagamento da parcela de junho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 8. Essa é a primeira parcela a contar com o novo adicional de R$ 50 destinado a famílias com gestantes e filhos entre 7 e 18 anos.
Desde março, o programa Bolsa Família já vem concedendo um adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Com a adição do novo benefício, o valor total do programa pode chegar a R$ 900 para aqueles que atendem aos requisitos para receber ambos os adicionais.
O valor mínimo do benefício é de R$ 600, mas com os novos adicionais, a média do benefício passa a ser de R$ 705,40, o maior valor já registrado na história do programa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,2 milhões de famílias, com um gasto total de R$ 14,97 bilhões.
Desde o início deste ano, o programa social voltou a ser chamado de Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional de Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões são destinados ao financiamento do benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 teve início em março, após o governo realizar uma revisão minuciosa do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Conforme o balanço mais recente divulgado em abril, cerca de 2,7 milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.
Apesar dos cortes, foi concedido um prazo de 60 dias para que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas que se cadastraram como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado regularizem sua situação e comprovem os requisitos para retornar ao programa. A principal regra é que a renda mensal familiar seja de até R$ 218 por pessoa, calculada dividindo-se a renda total pelo número de integrantes.
Outra novidade implementada no Bolsa Família em junho é a regra de proteção. Mesmo que uma família consiga um emprego e melhore sua renda, a nova regra permite que ela permaneça no programa por até dois anos, desde que cada membro receba um valor equivalente a até meio salário mínimo. Nesse caso, a família passará a receber 50% do valor do benefício ao qual teria direito.
No modelo tradicional do Bolsa Família, os pagamentos ocorrem nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas por meio do aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
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