As equipes que disputam a The Ocean Race 2023 correm contra o tempo para deixar os veleiros prontos para a quarta etapa da competição até Newport (EUA). Após percorrer a maior perna da história da corrida até Itajaí, os cinco times realizam uma revisão completa do barco. O trabalho das equipes de terra pode ser acompanhado pelos visitantes na Vila da Regata, em alguns momentos, nas bases e estruturas montadas para manutenção.
Depois de enfrentar mais de 12 mil milhas náuticas, ondas gigantes, zonas de icebergs e uma jornada de 35 dias no mar entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Itajaí, os barcos recebem reparos na parte eletrônica e mecânica, além de manutenção nas cordas, velas e casco. O trabalho feito nas oficinas na Vila da Regata de Itajaí é fundamental, já que novos reparos só poderão ser feitos em Aarhus, na Dinamarca.
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O diretor técnico da Ocean Race, Neil Cox, reforça que a condição que os barcos deixam o Brasil, quando partirem para Newport, ajudará muito a determinar o resultado final. “A condição principal do barco, como ele sai daqui, desempenha um papel enorme em como você vai para o resto da regata”, disse.
Para ele, nesse processo, a equipe de terra é essencial para o sucesso na corrida. “Para mim, é a regata mais difícil do mundo de vencer e a mais fácil de perder. Porque em qualquer nível, ou em qualquer camada, dentro da máquina, algo pequeno pode se propagar em algo que custa pontos. E isso pode ser no barco ou como as coisas são geridas em terra – em todas as corridas é sempre uma equipe incrivelmente bem equilibrada que tem forte desempenho”, afirmou o diretor Neil Cox.
Reforço na manutenção
A Biotherm, último time a chegar ao Brasil, ampliou a equipe de terra para conseguir realizar todas manutenções necessárias no barco. Um dos principais consertos é no foil da embarcação que foi danificado – esse equipamento é uma espécie de quilha lateral que permite que o barco “voe” sobre a água. A previsão é que o item fique pronto neste domingo (16) para o barco ser testado na água na segunda-feira (17).
“Nosso barco chegou um pouco tarde porque batemos na frente, então temos menos tempo. Nós temos 15 pessoas trabalhando na parte técnica, tentando fazer o melhor, é uma lista de trabalho muito longa. Temos duas pessoas trabalhando no foil e outras estão trabalhando no barco e tentando fazer tudo para estar prontos para a próxima perna”, destacou a engenheira da Biotherm, Alizée Vauquelin.
Assim como o Biotherm, os demais times também intensificam os preparativos dos barcos. A equipe Maliza, que venceu a terceira etapa da The Ocean Race, foi a primeira a testar o barco na água nesta semana após os reparos. Os velejadores enfrentaram problemas na vela durante o trajeto.
Já para a equipe GUYOT Environnement (FRA/ALE) a próxima etapa será uma segunda chance. O time estava em segundo lugar na terceira etapa quando desistir da corrida em função de uma rachadura no barco. “Nós estávamos indo bem na corrida, mas este problema no barco complicou, vamos ficar mais atentos. As equipes de manutenção seguem trabalhando e em breve estaremos prontos para o jogo”, afirmou o repórter a bordo, Charles Drapeau.
Semana de testes
Na próxima semana, as equipes retomarão as disputas no mar. Na quarta (19) e quinta-feira (20) acontecem as regatas Pro-Am, que não contabilizam pontos por serem provas voltadas para integração das equipes com patrocinadores e convidados.
Na sexta-feira (21), acontece a In-port Race, a primeira competição que contabiliza pontos na regata e antecede a largada para Newport, marcada para domingo (23), às 13h15. Esta disputa é aberta ao público e poderá ser vista nos telões da Vila da Regata e também de pontos estratégicos, como os Molhes da Barra de Itajaí.
Fonte: Prefeitura de Itajaí – SC