A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta segunda-feira (16) uma operação em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, para prender três pessoas temporariamente e cumprir cinco mandados de busca e apreensão.
Segundo informações do portal Metrópoles, os investigados teriam relação com os atos terroristas feitos por bolsonaristas radicais após o resultado do segundo turno das eleições de outubro passado, como os ataques contra as sedes dos três Poderes, em Brasília.
A Operação Ulysses visa identificar responsáveis por bloquear rodovias na cidade, organizar manifestações em frente a quartéis do Exército no local, além de planejar e financiar atos contra as instituições democráticas.
A PF ainda não revelou os nomes dos investigados.
Eles podem responder pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os Poderes institucionais.
58 policiais enfrentaram mais de 1.500 golpistas
Alertado pelo Serviço de Inteligência de que havia risco de invasão à praça dos Três Poderes em Brasília, o diretor de Polícia do Senado entrou duas vezes em contato com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal pedindo reforço policial, que foi negado nas duas vezes.
Após a invasão, todos os integrantes da Polícia do Senado, mesmo os que estavam de férias e de folga, foram chamados: 58 homens e mulheres tentaram conter uma multidão de cerca de 1.500 golpistas, revelou o programa Fantástico, da TV Globo.
Eles se agruparam na entrada do Congresso e avançaram por dentro do Senado em direção à divisa com a Câmara, por onde apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entravam.
Enquanto os policiais usam spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para afastar os invasores, bolsonaristas extremistas jogavam objetos e disparavam jatos d’água contra os agentes.