O governo federal propôs em outubro de 2025 uma mudança radical no processo de habilitação: eliminar a exigência de frequentar aulas presenciais em autoescolas. Com isso, estima-se que o custo da carteira nacional de habilitação (CNH) possa cair de cerca de R$ 4,4 mil para uma faixa entre R$ 500 e R$ 900 em muitos estados.
Atualmente, em estados como Rio Grande do Sul, o valor médio é de R$ 4.450 — um dos mais altos do Brasil. Já em Alagoas, por exemplo, o custo seria reduzido de R$ 1.350 para cerca de R$ 270 sob o novo modelo.
Pela proposta, candidatos poderiam treinar com instrutores autônomos em locais privados e seguros, como pistas fechadas e condomínios, sem precisar de autoescola. As provas — teóricas e práticas — continuariam sob responsabilidade dos Detrans.
Entidades de autoescolas reagem com cautela: a Federação Nacional das Autoescolas alerta para risco de fechamento de centros, perdas de empregos (mais de 170 mil afetados) e possível queda na qualidade da formação.
O governo abriu consulta pública até 2 de novembro de 2025 para colher sugestões antes de encaminhar o texto ao Congresso, dizendo buscar equilíbrio entre redução de custos, democratização da CNH e manutenção da segurança viária.
